Trilha do Bico do Papagaio - 19/02/2011

Ascender a trilha que leva ao Bico do Papagaio é uma experiência emocionante. Localizado no setor A do Parque Nacional da Tijuca, a trilha é a mesma que começa com destino ao pico da tijuca, seguindo pela bifurcação à esquerda. Neste sentido também começarão as trilhas para o Archer e o Cocanha. No final deste trecho de trilha, que é mais plano, à esquerda chega-se ao Cocanha, e à direita, começa a trilha do Bico do Papagaio.

Embora as placas indiquem que seja moderada, o caminho até o Bico do Papagaio é cheio de trechos com pequenas escaladas, o que vai requerer dos trekkers cuidado e disposição. Um bom alongamento e aquecimento serão de grande auxílio. Em cerca de 20 minutos (considerando apenas o trecho final) chega-se ao cume.

Alessandro, meu companheiro nessa ascensão e grande amigo, superou o medo, e juntos vimos um dos visuais mais espetaculares do Rio de Janeiro, do alto de seus 987 metros, já planejando uma próxima visita, desta vez pela trilha que percorre a serrilha.

Nesta postagem, quero tornar pública minha alegria em ter finalmente ido a este cume. Freqüento o PNT a algum tempo, porém nunca fizera este percurso. Todo carioca deve conhecer este tesouro (contando sempre com a condução de um guia). Talvez meu amigo George discorde, entretanto, apesar de não ser o mais alto, é o mais bonito do PNT.

Cheguei a cogitar a possibilidade de um cancelamento da trilha, pois até o dia anterior nenhuma pessoa havia confirmado presença, mas Deus coloca amigos preciosos, como o Alessandro, que nunca me deixou sozinho. Fazer uma trilha requer muito mais do que simples disposição física ou amor à natureza, mas exige a simplicidade em reconhecer o valor do próximo. Montanhismo representa muito mais do que subir e descer, representa subir para ver o quanto somos pequenos, e ainda, o quão semelhantes somos, independente da profissão que se tenha, dos diplomas conquistados, do sexo ou da pigmentação da pele.

Cume do Pico do Papagaio.

Alessandro.

Um pouco do visual... Mais, só pessoalmente.

Rafael.

Vale a pena viver e curtir esses momentos.

Trilha do Andaraí Maior (em 02/01/11)

Retomando as atividades agora em 2011, depois de algum tempo sem realizar postagens, trago um artigo muito interessante sobre a trilha para o Pico do Andaraí Maior.

Começamos o ano de 2011 nesta ascensão: Michelle, Deborah, Gessica, George e eu. O tempo parecia que não iria ajudar; mas colaborou muito. Infelizmente alguns de meus amigos não compareceram, imaginando que havíamos cancelado.

Iniciamos a trilha pelo circuito Myrela, que tem seu acesso pela estrada do Excelsior, subindo por uma trilha muito fácil e bem marcada, e, em sua maior parte, plana e com poucas subidas, tendo à direita o rio cupertino e à esqueda o rio caveira. Bem no meio da trilha você verá as ruínas de uma casa antiga (como sabemos, o PNT foi reflorestado, uma vez que foi devastado em séculos passados para o cultivo do café). Não siga pela mesma trilha. À esquerda das ruínas existe uma pequena escada de pedras, e a trilha segue por ela. Este acesso é a serrilha da caveira, que leva ao acesso às trilhas do Tijuca Mirim e Andaraí Maior.

A serrilha da caveira é uma trilha moderada, com algumas zonas de ataque. No final deste caminho, existe um banco feito com o tronco de uma árvore. Este é um local de descanso e que dá acesso a algumas outras trilhas. A trilha para o Andaraí Maior está à direita.

O caminho para o Pico do Andaraí Maior é pouco utilizado, e embora não seja difícil visualizar a trilha, tenha atenção para saber por onde caminha. Esteja preparado para as muitas zonas de ataque, incluindo algumas onde será necessário utilizar também as mãos, e para andar por trechos escorregadios e com lama.

O cume do Andaraí Maior, a 861 metros, não é o final da trilha. Siga alguns metros a frente para chegar ao mirante. Tenha cuidado ao chegar lá, porque o mirante está localizado em frente à um precipício. O visual do mirante do Andaraí Maior é espetacular, e todos nos surpreendemos.

De um lugar como aquele, pudemos ver como somos pequenos, no entanto, com determinação e contando com a parceria daqueles que chamamos de amigos, poderemos sempre atingir nossas metas. Para nossas amigas, que são iniciantes em trekking, superação foi a palavra do dia. E para que essa superação aconteça, além de vontade, a amizade é fundamental, porque não conseguimos ir adiante sozinhos.

Feliz 2011 para todos!

Desabrochar de uma Dama-da-noite em 02/05/2010

A Dama-da-noite, também conhecida como Jasmim-da-noite, Flor-da-noite ou Rainha-da-noite, é uma planta com tronco semilenhoso, de porte médio, de aproximadamente, em média, 1,5 metros, embora hajam registros de indivíduos maiores.

Esta flor chama a atenção por desabrochar uma vez ao ano, apenas durante a noite. É muito utilizada em jardins sensoriais, por possuir um aroma mais expressivo, em relação à outras flores. Seu cultivo deve ser em ambientes com quantidade razoável de luz. Toda espera será recompensada ao contemplar a flor aberta e sentir o perfume por ela produzido.

Atenção: todas as partes dessa planta são tóxicas! Não devem ser ingeridas sob nenhuma hipótese. Os efeitos toxicológicos da Dama-da-noite são: náuseas, vômitos, disturbios de comportamento, alucinações, midriase e secura nas mucosas.

Trilha para a Pedra da Gávea - 21/04/2010

Subir a Pedra da Gávea, neste último dia 21, foi uma sensação incrível. Esta formação rochosa, de 842 metros, é uma das ascenções mais desafiantes na cidade do Rio de Janeiro, e todo praticante de trekking necessita conhecer este lugar do seu ponto mais bonito: do topo.

Procurando fugir dos aspectos mais técnicos, que estão disponíveis em diversos sites, quero ressaltar como foi esta experiência, que a muito esperava para realizar.

A trilha, desde o princípio, já se apresenta cansativa e os primeiros minutos são realmente ofegantes, sendo que depois de algum tempo, o corpo se adapta às condições do local. Realizamos duas paradas programadas (excluindo as que fizemos por necessidade): praça da bandeira e marco zero. Toda emoção se inicia a partir desse ponto, quando já se torna possível avistar o "rosto" da Pedra da Gávea, avisando que a carrasqueira está próxima. Pude comprovar que existem muitos mitos sobre a carrasqueira, pois não tive grandes dificuldades em passar por ela, entretanto, cabe um aviso aos interessados: existe um risco verdadeiro de acidentes e quedas, deste modo, todo cuidado não será pouco. Dadas às fortes chuvas que ocorrerem neste mês de abril, existem trechos erodidos após a carrasqueira, e recomendo que a passagem seja feita com todo cuidado e observando pequenos buracos que se encontram neste trecho.

Do topo é possível observar a Barra da Tijuca, a zona sul, grande parte do Parque Nacional da Tijuca e do Parque Estadual da Pedra Branca, bem como parte da região oceânica de Niterói.

Antes de retornar, fomos conhecer a Gruta do Ouvido, cujo acesso considero mais perigoso do que a carrasqueira, por passar, em sua maior parte, por uma fenda existente em rocha lisa e muito verticalizada, além de possuir uma altura considerável. Todo esforço é recompensado ao se chegar em um lugar reservado, fresco e com muita sombra. Um cochilo rápido é uma excelente opção neste lugar.

Durante nossa volta, fomos presenteados com um belíssimo pôr-do-sol na Barra da Tijuca, visto ainda na trilha.

De cada uma dessas experiências, sempre extraio minhas reflexões. Desta aventura, ressalto a importância de realizar objetivos. Muitos desses objetivos de vida ficam apenas no planejamento por sua aparente dificuldade. Quem se subestima, não se supera, e quem não se supera, não alcança seus objetivos. Como diz nosso guia nessa ascenção, Alex: "a sorte acompanha os audazes".

Encontro com macacos-prego (em 16/04/2010)

Aproveitando um dia de folga, decidi fazer uma caminhada no horto. A intenção foi fazer uma trilha, o que não foi possível uma vez que o acesso estava bloqueado em função das últimas grandes chuvas que ocorreram aqui no Rio de Janeiro. A trilha não ocorreu, mas tive um encontro com um bando de macacos-prego.

Essa espécie de primatas é uma das mais robustas e mais inteligentes das regiões tropicais sulamericanas. Esta espécie é caracterizada por sua alta capacidade de aprendizagem, utilizando inclusive pedras para abrir a casca de frutos, como cocos, por exemplo, e varetas, para retirar larvar de frutas e troncos de árvores. Os bandos costumam migrar em busca de alimentos, podendo, inclusive, invadir o território de outras espécies ou de outros bandos de macacos-prego. Sua dieta constitui-se de frutas, ovos, pequenos invertebrados, e muitas vezes de filhotes de aves. Como é uma espécie que se alimenta facilmente com diversas espécies de frutos, contribui para a manutenção dos ecossistemas onde se encontram.

Embora não seja uma espécie em extinção, a espécie de encontra na categoria de vulnerável. Fatores como a destruição de seu habitat natural e sua retirada da natureza para utilização em gravação de filmes (dada sua alta aprendizagem), bem como o número de indivíduos e de gestações (cada fêmea gera um filhote anualmente), oferecem risco de extinção à espécie.

Mesmo quando determinados planos não se realizam, situações inesperadas (e melhores) podem ocorrer. Na possibilidade de realizar a trilha, não teria tido a chance de um encontro tão próximo com macacos-prego.

Bem vindos

Trilhas, rios, montanhas, mares, cachoeiras, nascer e por do sol... Por que tantas pessoas amam esta atividade? Juntos descobriremos roteiros e lições de vida. Estar na trilha não significa apenas andar, mas ouvir o som e a poesia da criação de Deus.